Pela flor da pele murcha

tchaca
2 min readJun 4, 2024

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Ai, ai, ai, que não seja banho de chuva nem de choro, de morfar as cores das flores sobre a pele, ainda que desbote tanto quanto o cinza em dia molhado.

Algo de não pensar sobre, camuflar os detalhes sórdidos por detrás de outros nós mais apertados, que não fixos, alfinetados pelos retalhos da costura da blusa, e nada com isso me parece sentir oque sinto.

E que não haja compreensão específica e pontual, disso costumo me saber, ainda confuso com as ideias que caducam na minha cabeça, emboladas as curvas do cabelo.

Tem algo no parar e depois voltar que nem sempre fecha conta, que me pede de costume certo café, e me acompanho repousado sob a xícara algo de brownie, ou chá, como lhe preferem os chineses marroquinos londrinos & outros.

Talvez os mesmos que um dia foram noite, pesando leve as pálpebras sobre os olhos quase fechando mesmo sem sono, também a janela que fechou mais cedo por coisa de água, não de geladeira que bebe e mata sede.

No deserto não tem geladeira, nem tomada, então melhor que sejam verdadeiras as miragens e deixa que as mentiras conto eu, e como eu, sem fome, ainda mastigando o excesso de saliva misturado com o suor que entra pelo buraquinho dos dentes, atiçado pelos movimentos de expressão do rosto.

Que deixa marca geralmente indesejada, reforça as curvas e inseguranças da cara, traz ar de preocupação, e não tem sabão que resolve.

E meio que tanto faz também por coisa de preguiça, que me nego a resolver algumas das situações que crio, ou me crio eu situações que meio que tanto fazem por coisa de vontade de ficar na preguiça. Em ambos os casos, outras mil se apresentam e honestamente, preguiça.

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tchaca

dando voltas pra chegar direto ao ponto. insta: @tcha.ca