sem título (quando não tem, não tem oque inventar)

tchaca
2 min readJun 17, 2024

--

Praticante das palavras chave, mestre na abertura das portas trancadas, profissional da costura verbal, algumas das características jamais atribuídas a mim por mim mesmo, que a mim me dedico tempo aos textos, vídeos e afins.

Minha cabeça altamente desafinada, errando cada nota de costume, fortemente contra muitas das ideias que se apresentam, tivessem elas algo de vontade própria.

Inequívoco apenas por gostar dessa palavra, alterando cada eixo pela forma como mexo cada peça, que me prega enquanto busco na caixa de ferramentas algo de martelo, amarelos os raios de sol que incidem sob a parede do meu quarto.

“Todo mundo já amou uma vez”, afirmam os poetas, e tantos outros que se sofrem pelo que jamais viveram, sem saber se viverão, seja o tempo espécie de limite, me interesso ultrapassá-lo, extrapolá-lo, pra que o agora seja tão eterno e vago quanto meus pensamentos.

Ou quanto a minha permanência, residência fixa na forma de ser, ainda borbulhando o gás da mudança e encontrando coca, que se bebe intenso no melhor dos domingos especialmente acompanhado.

É que companhia pra mim tem algo de eu, que as vezes me busco encontrar no outro, e sinto nisso certo espelho, altamente poético mas nem sempre bom, espécie de comparação contínua que cria parâmetro, e me prefiro viver a pureza do que não se sabe, não se tem, e a partir daí criar infinitas formas de ser, ainda que imprecisas imperfeitas ou improváveis.

Esperando resultado nas apostas que fez, sem frisar as regras do jogo, voltando sempre ao início pra que retome, buscando a sutileza necessária pra chegar ao fim e acaba terminando de forma brusca e inoportuna.

--

--

tchaca

dando voltas pra chegar direto ao ponto. insta: @tcha.ca